domingo, 24 de fevereiro de 2008

ENVENENAMENTO

O que acontece:
Medicamentos, plantas, produtos químicos e substâncias corrosivas são principais causadores de envenenamento ou intoxicação, especificamente em crianças.
Os sinais e sintomas mais comuns são queimaduras nos lábios e na boca, hálito com cheiro de subtância ingerida, vômitos, alteração da pulsação, perda de consciência, convulsões e eventualmente parada cárdio-respiratória.

O que não fazer:
Se a vítima estiver inconciênte, não provoque vômito.
Não induza o vômito se a substância ingerida for corrosiva ou derivada do petróleo (removedor, gasolina, querosene, polidores, ceras, aguarrás, thinner, graxas, amônia, soda cáustica, água sanitária, etc).
Estes produtos causam queimaduras quando ingeridos e podem provocar novas queimaduras durante o vômito ou liberar gases tóxicos para os pulmãos.

O que fazer:
Se possível, indentifique o tipo de veneno ingerido e a quantidade.
Se a vítima estiver consciente, induza vômitos se o agente tóxico for medicamentos, plantas, comida estragada, álcool, bebidas alcoólicas, cosméticos, tinta, fósforo, naftalina, veneno para ratos ou água oxigenada.

Observação:
A indução ao vômito é feita através de uma colher de sopa de xarope de ipeca e um copo de água, ou estimulando a garganta com dedo.
Se a pessoa estiver inconciente ou tendo convulsões, não induza ao vômito. Aplique, se necessário,a respiração cárdio-pulmonar e procure socorro médico imediato.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

QUEIMADURAS

A pele é a nossa barreira natural de proteção contra os mais variados agente agressores, como microorganismos, agentes físicos e químicos.
Além disso, a pele é o orgão mais extenso do corpo humano e é muito importante no controle da temperatura e retenção de líquidos.
A definição de queimadura é bem ampla, porém, basicamente , é a lesão causada pela ação direta ou indireta produzida pelo calor no corpo.
A sua manifestação varia desde uma pequena bolha (flictena) até formes mais graves capazes de desencadear respostas sistêmicas proporcionais à gravidade de lesão e sua respectiva extensão.

As Queimaduras são Classificadas de acordo com:
-O agente causal
-A profundidade
-A extensão (área corpórea atingida)

De acordo com o Agente Causador, a queimadura pode ser:
1. TÉRMICA (provocada por calor, líquidos quentes, objetos aquecidos vapor).
2. QUÍMICA (provocada por ácidos e bases).
3. ELÉTRICA (quando provocada por raios e corrente elétricas).
4. POR RADIAÇÃO (quando provocada por radiação nuclear).
Para se classificar a queimadura de acordo com a sua extensão existem vários métodos, porém seu aprendizado requer muita prática. Para o socorrista é suficiente observar que quanto maior a extensão da queimadura maior risco de vida vítima estará correndo.
Quando à profundidade da queimadura (número de camadas de pele atingidas):

1. PRIMEIRO GRAU: Atinge somente epiderme. Nessa queimadura, a pele apresenta-se e hiperemia (avermelhada), edemaciada (inchada) e há ardor no local dessa queimadura.

2. SEGUNDO GRAU: Atinge a epidermia estendendo-se até a derme.Caracteriza-se pela presença da flictenas (bolhas). A vítima também apresenta dor local.

3. TERCEIRO GRAU: Atinge todas as camadas da pele e hipoderme. considerada grave pois pode provocar lesões que vão desde músculos até ossos Caracteriza-se por apresentar coloração escura ou esbranquiçada, uma lesão seca dura e indolor.
4. QUARTO GRAU: É quando tem a carbonização total.

OBS: A queimadura não é obrigatóriamente uniforme! Podem ocorrer nos diversos graus e ao mesmo tempo.

PRIMEIROS SOCORROS EM QUEIMADURAS:
- Interrompa imediatamente o efeito do calor (utilize água fria, não use água gelada, ou utilize um lençol para apagar as chamas no corpo da vítima).
- Em caso de acidentes com queimaduras promovidas por corrente elétrica, não toque na vítima até que se desligue a energia. Tome cuidado com os fios soltos água no chão.
- Para vítimas de corrente elétrica, observe se há parada respiratória, em caso afirmativo proceda com a respiração de socorro. Transporte imediatamente à vítima para o hospital.
- Faça a avaliação primária da vítima. Identifique qual o tipo, grau e extensão da queimadura.
A queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao manuseá-la e evite ao máximo contaminá-la.
- Retire pulseiras, jóias, relógios, roupas que não estejam grudadas na pele da vítima.
- Caso a queimadura seja de 1 grau, retire a pessoa do sol, utilize substâncias refrescantes como produtos para aliviar a dor e faça a administração por via oral de líquidos.
- Caso a queimadura seja de 2 ou de 3 graus, lembre-se de cobrir a área queimada com gazes molhadas em soro fisiológico ou água limpa até levar a vítima ao hospital.
- NÃO fure as flictenas (bolhas)
- NÃO utilize manteiga, creme dental, gelo, óleo, banha, café, na queimadura.
- Remova a pessoa para o hospital caso a queimadura seja muito extensa ou seja de 2 a 3 graus.

" Mais do que prestar primeiros socorros em queimaduras é importante prevenir tais acidentes, principalmente nas épocas de festas populares e festejo juninos, épocas nas quais é evidenciado um aumento na incidência de número de queimados"

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

PARTO DE EMERGÊNCIA

A grande maioria dos partos se resolve espontaneamente, apenas sendo assistidos pelo médico ou obstetra. Haverá situações em que o parto acontecerá antes de chegar ao hospital, ou mesmo a caminho dele. Nestes casos, deve-se estar treinado para assistir (acompanhar) ao parto.
No final da gestação, a parturiente começa a apresentar sinais e sintomas que são indicativos do início do trabalho de parto.

Identificação do parto iminente:
  • Contrações regulares a cada 2 minutos;
  • Visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento;
  • Saída de água pela vagina (ruptura da bolsa de água);
  • Gestante multípara, com vários partos normais;
  • Nestas condições, o parto está se iniciando.

Procedimentos gerais:

  • Sem expor a parturiente, ela deverá estar livre de todas as vestimentas que possam obstruir o canal de nascimento;
  • Em hipótese alguma o processo de nascimento do bebê poderá ser impedido, retardado ou acelerado;
  • Sempre o marido, os pais ou outro parente próximo deverá acompanhar, o tempo todo, a parturiente;
  • Não permitir a presença de curiosos. Procurar ser mais discreto possível, manter ao máximo a privacidade da gestante;
  • Não permitir que a gestante vá ao banheiro se são constatados os sinais de parto iminente.

Procedimentos específicos:

  • Colocar a parturiente deitada de costas, com os joelhos elevados e as pernas afastadas uma da outra e pedir-lhe para conter a respiração, fazendo força de expulsão cada vez que sentir uma contração uterina;
  • Quem vai assistir ao parto deverá lavar bem as mãos;
  • À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto a cada contração. Deve-se ter paciência e esperar que a natureza prossiga o parto, nunca se deve tentar puxar a cabeça da criança para apressar o parto;
  • À medida que a cabeça for saindo, deve-se apenas ampará-la com as mãos sem imprimir nenhum movimento, que não o de sustentação;
  • Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento de giro e, então, sairão rapidamente os ombros e o resto do corpo. Sustentá-lo com cuidado. Nunca puxar a criança, nem o cordão umbilical; deixar que a mãe expulse naturalmente o bebê;
  • Após o nascimento da criança, limpar apenas o muco do nariz e a boca com gaze ou pano limpo e assegurar-se de que começou a respirar. Se a criança não chorar ou respirar, segurá-la de cabeça para baixo, pelas pernas, com cuidado para que não escorregue, e dar alguns tapinhas nas costas para estimular a respiração. Desta forma, todo o líquido que estiver impedindo a respiração sairá;
  • Se o bebê ainda assim não respirar, fazer respiração artificial delicadamente insuflando apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como ocorre em um movimeto normal;
  • Não há necessidade de cortar o cordão umbilical, se o transporte para o hospital demorar menos de 30 minutos. Porém, se o tempo de transporte for superior a 30 minutos, deitar a criança de costas, e com um fio previamente fervido, fazer nós no cordão umbilical: o primeiro a aproximadamente 4 dedos da criança ( 10 cm) e o segundo nó distante a 5 cm do primeiro. Cortar entre os dois nós com uma tesoura, lâmina ou outro objeto esterelizado
  • O cordão umbilical sairá junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o nascimento;
  • Após a saída da placenta, deve-se fazer massagem suave sobre o abdome da parturiente para provocar a contração do útero e diminuir a hemorragia que é normal após o parto;
  • Transportar a mãe e a criança ao hospital para complementação assistencial médica. Deve-se também transportar a placenta para o médico avaliar se ela saiu completamente.
  • OBS. sendo possível fazer limpeza da boca do bebê com compressa ou um pano bem limpo,
  • também aspirar a narina do bebê e deixa-lo em posição com a cabeça mais baixa que as pernas para que evite uma broncoaspiração.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

DESMAIO E CRISE EPILÉTICA(CONVULSÃO)

O desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular fazendo com que o paciente caia no chão. Pode ser causado por vários motivos, como a subnutrição, o cansaço, excesso de sol, stress. Pode ser precipitado por nervosismo, angústia e emoções fortes, além de ser intercorrência de muitas outras doenças.

Identificação:
-Tontura;
-Sensação de mal-estar;
-Pele fria, pálida e úmida;
-Suor frio;
-Perda da conciência.

Tratamento:
Diante de um indivíduo que sofreu desmaio, devemos proceder da seguinte maneira:
-Arejar o ambiente;
-Afrouxar as roupas da vítima;
-Deixar a vítima deitada e se possível com as pernas elevadas;
-Não permitir aglomerações no local para não prejudicar a vítima.

CRISE EPILÉTICA( CONVULSÃO):
A epilepsia é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza por causar crises de convulsões em sua forma mais grave.

Os ataques ou convulsões se caricterizam por:
-Queda abrupta da vítima;
-Perda da conciência;
-Contração de toda musculatura corporal;
-Aumento da atividade glandular com salivação abundante e vômitos.

Pode ainda ocorrer o relaxamento do dos esfíncteres com micção(urina) e evacuação involuntárias.
Ao despertar, o doente não se lembra de nada do que aconteceu durante a crise e sente-se cansado, indisposto e sonolento.
OBS. eu já atendi crise convulsiva onde o paciente após a primeira crise estava falando normal e o acompanhante que era da área médica, dizendo que o pacte teve a convulsão e como não é o normal eu não estava acreditando muito, até o pacte ter uma convulsão na minha frente. Quero só dizer que toda regra tem excessão.

A conduta do socorrista no ataque epilético consiste, principalmente em proteger o pacte e evitar complicações. Deve-se deitar o pacte com roupas leves e desapertadas( as contrações musculares aumentam a temperatura corpórea) e virá-lo de lado para que não aspire as secreções ou vômitos para os pulmões.
Um cuidado especial deve ser dado a boca, pois o doente pode se ferir mordendo a língua ou as bochechas. Para tanto, interpõe-se um calço (pedaço de pano limpo, por ex.) entre os dentes superiores e inferiores, impedindo que eles se fechem. Esta manobra, entretanto deve ser cuidadosa, pois o socorrista poderá ser mordido, ou o objeto poderá causar obstrução respiratória.
Cessado a crise, que pode durar de 1 a 5 minutos, o doente deverá receber limpeza corporal, se estiver bem recuperado ingerir líquidos e repousar em ambiente silencioso.
OBS. um serviço de emergência médica deve ser chamado, pois o normal é durar de 1 a 5 minutos, eu já atendi pacte que ficou 20 minutos e após o segundo diazepan endo venoso que sua crise passou e o uso de oxigênio nestes casos também ajudam.
É preciso que os curiosos sejam afastados do local, pois esta doença acarreta um senso de inferioridade ou apenas vergonha e a presença de estranhos apenas contribui para acentuação do problema psicológico.
Deve-se orientar o pacte a voltar ao seu médico, pois pode haver a nessecidade de ajuste na dose da sua medicação.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

HEMORRAGIAS

A hemorragia é definida como uma perda aguda de sangue circulante
Normalmente o volume de sangue corresponde a 7% do peso corporal no adulto
Por exemplo, um homem de 70 kgs tem aproximadamente 5 litros de sangue. Na criança o volume é de 8 a 9% do peso corporal.

AS HEMORRAGIAS PODEM SER INTERNAS OU EXTERNAS
HEMORRAGIA INTERNA:
Na hemorragia interna o sangue perdido não é visível e pode ser devido a lesões traumáticas de vísceras.

Suspeitar quando existe:
-Acidente por desaceleração;
-Ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no torax e abdome;

Diagnostico:
-Pulso rápido e fraco;
-Palidez da pele e mucosas;
-Sudorese profunda(suor, transpiração);
-Pele fria;

Seqüência no atendimento:
-Deitar a vítima;
-Se não tiver contra-indicação, elevar os membros inferiores(para q o sangue se concentre mais nas areas nos orgãos vitais, coração,pulmão e cerebro);
-Verificador V.R.C.N.(vias aéreas, respiração, circulação, sistema nervoso);
-Transportar a vítima ao hospital.

HEMORRAGIA EXTERNA
A hemorragia externa, é visível ao exame primário do paciente, deve se prontamente controlala pela pressão direta sobre o local do sangramento e ferimentos superficiais.
No ferimento profundo com hemorragia devemos tomar as seguintes medidas:

Seqüência no atendimento:
-Deitar a vítima;
-cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo;
-Pressionar o local com firmeza;
-Se o ferimento for nos membros, elevar o membro ferido;
-Caso não haja controle, pressionar diretamente as artérias que nutrem o membro afetado(axila no MS ou femural no MI)nos locais os quais elas se situam logo abaixo da pele;
-Também em último caso pode ser usado um torniquete nos braços e pernas, (obs eu nunca tive essa necessidade e sei que o uso do torniquete de forma errada pode ter mais prejuizo que beneficio, mas posso dar uma outra dica de experiencia em retirada de introdutor femural pós cateterismo, não se deve comprimir direto no ferimento e sim sentir a árteria e fazer a compressão uns dois dedos antes.
-Transportar a vítima para o hospital.


HEMORRAGIA NASAL:
A hemorragia nasal ou epistaxe é causada pela roptura dos vasos da mucosa nasal que pode ser produzida por traumatismos, hipertensão arterial, etc...
Nestes casos, devemos colocar a vítima com a cabeça inclinada para trás deixando-a nesta posição por 5 minutos e fazendo compressão com os dedos nas narinas. Caso a hemorragia não cesse com essa manobra, o paciente deve ser conduzido ao hospital.